quinta-feira, 30 de junho de 2016

Filhos da Esperança: A Crise dos Refugiados sob a perspectiva de Bauman



Poluição, superurbanização, guerras civis, doenças, caos. Esse conjunto de elementos forma uma ótima ficção e ela nos é dada através do filme “Filhos da Esperança” (The Children of Man) do diretor argentino Alfonso Cuarón. No entanto, esses elementos também são encontrados na vida real e, assim, o ditado que diz que a arte imita a vida parece ser perfeita nesse caso.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

O mundo precisa de pessoas inúteis



Vivemos em um mundo em que tudo deve seguir uma forma e uma métrica. Tudo deve seguir ditames matemáticos e ser valorado. Todas as coisas que não podem ser valoradas, isto é, que não possuem uma utilidade clara, são desprezadas da vida. Esse utilitarismo cartesiano capitalista transforma a vida em uma grande linha de produção, em que todas as coisas que fazemos devem obrigatoriamente servir para alguma coisa.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Eu Queria Ter Broxado Mais



Sabe de uma coisa: eu queria ter broxado mais. Isso mesmo. Broxado mais. Muito mais. Sem culpa. Sem remorso. Mas não posso. Homem tem que ser macho, ter que ser firme, homem não chora. Homem tem que ser poderoso, tem que ser admirado, cobiçado, tem que ter sucesso. Isso é demais pra mim, é muita pressão. Eu quero ser livre para as minhas broxadas.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Amor não é Solidão Compartilhada



A solidão é um monstro assustador. Mais cedo ou mais tarde ele acaba nos assustando, sobretudo, quando olhamos para a vida e encontramos um imenso vazio. Falamos, gritamos e na maior parte das vezes escutamos tão somente o nosso eco como reposta. Diante de um mundo que nos amedronta, estar só torna-se um problema que deve ser solucionado. E, assim, surgem muitas relações, não por amor, não por vontade de estar com alguém que enternece o coração, mas apenas pelo medo de ficar sozinho.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

A Outra História Americana: Quando o Ódio nos torna Cegos



Saramago afirmou que o homem está cego da razão, que não consegue enxergar nada ao seu redor e só vê alguma coisa ao olhar para si mesmo. A individualidade e a mesquinharia do homem são tamanhas que o português chega a dizer no seu “Ensaio sobre a Cegueira” que: “Ainda está por nascer o primeiro ser humano desprovido daquela segunda pele a que chamamos de egoísmo, bem mais dura que a outra, que por qualquer coisa sangra”.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Relacionamentos Descartáveis: A verdadeira Paixão do nosso mundo



Curtir, compartilhar, se conectar ao Wi-Fi, começar uma amizade, terminar uma amizade, descurtir. A vida contemporânea inexoravelmente também se passa na rede, de modo que é imprescindível para o entendimento do mundo que nos cerca a compreensão do que significa uma vida ligada por uma rede wireless, assim como, de que modo esse estilo de vida interfere nas relações interpessoais.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Não levem vidas de silencioso desespero. Façam das suas vidas algo extraordinário!



Vejo uma geração que finge ser feliz o tempo inteiro, mas esconde medos e fobias. Vejo uma geração que procura de todos os modos manter uma imagem de sucesso, mas não consegue ter tranqüilidade para dormir à noite. Vejo uma geração que se preocupa apenas em atender padrões de comportamento criados por pessoas que sequer sabem que ela existe. Vejo uma geração que por trás de uma imagem de autossuficiência, esconde tristeza, insônia, depressão e ansiedade. Vejo uma geração que deixa o tempo escorrer pelas mãos. Vejo uma geração perdendo a chance de fazer das suas vidas algo extraordinário.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Amélie Poulain: O Propósito da Vida



Construído em tom de fábula pelo cineasta Jean-Pierre Jeunet, o filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” percorre através da perspectiva de uma jovem sonhadora, Amélie Poulain (Audrey Tautou), o caminho que leva às belezas da vida. Cheio de nuances, o filme nos leva por uma viagem intimista, lúdica e poética sobre o real sentido da vida e sobre a necessidade de enfrentá-la por mais que seja dura, solitária e cruel.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Só há um luxo verdadeiro: as relações humanas



A fugacidade da vida é algo fascinante e ao mesmo tempo aterrorizante. Em dado momento estamos fazendo planos, sonhando com o futuro e de repente anos já se passaram e todo aquele entusiasmo de outrora já não existe. Sendo assim, estamos sempre correndo contra a finitude do tempo, buscando de algum modo impedir que os sinos toquem. Dada a sua finitude, a vida, portanto, deve ser valorizada, já que é isso que lhe confere valor. E, quando chego nesse ponto, questiono-me se estamos vivendo vidas que merecem ser vividas.