segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Nova Casa



Leitores e Leitoras, o Blog tá de cara nova. Já havia passado da hora de mudar e proporcionar um visual mais bonito e um espaço mais interativo, que garantirá uma interação ainda maior entre nós. Fiquem à vontade e confiram! :)

Novo endereço: www.genialmentelouco.com.br 

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Sociedade dos Poetas Mortos: Carpe Diem



Sempre me pego pensando na fragilidade humana, na fugacidade da vida. Tudo passa tão depressa. É como se estivéssemos travando uma luta constante contra as areias da ampulheta, buscando um modo de não deixá-la passar. A brevidade da nossa existência é algo que assusta, mas, ao mesmo tempo, é essa finitude que confere valor à vida. É por ter um fim que a vida é tão importante e, logo, ela deve ser vivida, muito embora, a maior parte das pessoas insista em apenas existir.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Tente outra vez. Fracasse outra vez. Fracasse melhor



Às vezes a gente sonha, imagina um futuro, cria expectativas e, contrariamente ao que queríamos, a tudo que planejávamos, a vida nos leva por outros caminhos. Tempestades fortes, com rajadas de vento geladas, destroem tudo que construímos com enorme esforço. Como se não bastasse, o céu se abre, não para nos iluminar, mas para derrubar torrentes de água que parecem cair somente em nós, como se o universo buscasse de algum modo nos sufocar, transformando-nos em grandes silêncios contínuos de tristeza e desilusão.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

A Revolução dos Bichos e o Impeachment: Entre Porcos e Homens



Na fábula criada por George Orwell, “A Revolução dos Bichos”, os animais se organizam e fazem uma revolução que expulsa o domínio humano da granja onde vivem. Esta deixa de se chamar “Granja Solar” para se chamar “Granja dos Bichos”. No entanto, o levante que prometia uma vida melhor para os animais, não aconteceu, já que com o passar do tempo, os líderes da revolução, os porcos, tornaram-se tão corruptos e injustos quanto os homens. Neste momento histórico nada define melhor a situação do Brasil.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Seja inadequado, porque não se adequar a uma sociedade doente é uma virtude



A vida contemporânea cheia de regras e adestramento fez com que houvesse uma padronização completa das pessoas, de tal maneira que todos se comportam do mesmo modo, falam das mesmas coisas, se vestem mais ou menos do mesmo jeito, possuem as mesmas ambições, compartilham dos mesmos sonhos, etc. Ou seja, as particularidades, as idiossincrasias, aquilo que os indivíduos possuem de único, inexistem diante de um mundo tão pragmático e controlado.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Globalitarismo: Milton Santos dialogando com Orwell, Huxley e Baudrillard



Milton Santos certa feita disse: “Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haveria nisto um paradoxo pedindo uma explicação?”. De fato, vivemos em um mundo confuso, uma vez que a realidade apresentada não corresponde à realidade, o que, por conseguinte, leva a formação de vários paradoxos inerentes aos nossos tempos, os quais ganham ainda mais campo na medida em que se observam pessoas confusas, ou como prefere Milton, “com os espíritos confusos”, tentando compreender tamanhas complexidades.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Em terra de egos quem vê o outro é rei



Saramago já dizia: “É dessa massa que nós somos feitos, metade de indiferença e metade de ruindade”. Embora, seja dura a observação do português, devemos considerar que, de fato, temos vivido de modo a fazer jus ao pensamento dele. A cegueira, que nos dominou nesta quadra da história, nos transformou em tiranos de nós mesmos, como se houvéssemos perdido a capacidade de perceber o que nos circunda, o mundo, os outros, e, muitas vezes, até nossa individualidade verdadeiramente.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Um Sonho de Liberdade: A Despersonalização do Indivíduo pelo Sistema Prisional



Rousseau certa feita disse que – “A liberdade pode ser conquistada, mas nunca recuperada”. As palavras do filósofo suíço podem soar forte, mas ao questionarmos situações em que há cerceamento de liberdade, podemos perceber o quanto ela faz sentido. Ao perder a liberdade o indivíduo parece desconectar-se com a essência que o torna livre e, assim, retornar a situação em que se é livre pode ser extramente complexa, seja qual for a situação de falta de liberdade que o indivíduo se encontre.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A vida é muito curta para ser pequena



A vida vai passando mais depressa à medida que nós envelhecemos. É como se tivéssemos tanto para fazer e tão pouco tempo a nossa disposição. Vamos imergindo cada vez mais no mundo dos adultos com seus afazeres e obrigações e, assim, nos tornamos mais secos e duros, como se perdêssemos a capacidade de sorrir, de se emocionar, de vibrar com a vida. Deixamos de enxergar as pequenas coisas repletas de alegrias que existem no mundo, e de repente, a ampulheta está vazia e a vida que tivemos foi tão pequena que sequer conseguimos nos lembrar de momentos felizes.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Globalitarismo: Contextualização Histórica ou Fábulas do Admirável Mundo Novo



O desenvolvimento tecnológico e científico que se observou no fim do século, consubstanciando-se no sempre desejado progresso, foi tamanho que muitos chegaram a afirmar que havia chegado o fim da história. Paulatinamente a modernização dos instrumentos técnicos, houve também o desenvolvimento do processo de globalização e, consequentemente, do neoliberalismo. A revolução tecno-informacional, que transformou o mundo em uma bola de gude, renovou as expectativas libertárias que de tempos em tempos tratam de renovar. Entretanto, a partir de 2008 o mundo imergiu em uma crise, o que nos leva a questionamentos sobre um modelo que se propõe como perfeito e insuperável.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O que há de Gente em Nós?



A vida contemporânea parece estar imbricada com um certo estado de desumanização, no qual perdemos a capacidade de observar aquilo que acontece ao nosso redor. É como se tivéssemos perdido a sensibilidade e, assim, tornamo-nos ocos e frios. Transformados em homens de olhos secos que não possuem rios de lágrimas, deixamos a triste condição Severina se instalar e criar morada. Deixamo-la tornar-se habitat natural dessa desumanização. Diante disso, uma pergunta tem me incomodado: o que há de gente em nós?

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Pokémon GO Segundo Nietzsche, Huxley e Bradbury



No século XIX Nietzsche anunciou a morte de Deus, colocando, portanto, fim a um modelo de vida que pudesse ser estruturada por uma via religiosa. A bem da verdade, a dupla revolução burguesa do século dezoito, a saber, Revolução Francesa e Industrial, já havia derrubado os resquícios da sociedade feudal. No entanto, coube a Nietzsche dar o golpe de misericórdia, sendo que este não somente definhou aquela estrutura de pensamento, como também colocou em xeque o próprio modelo racional de perceber o mundo, que vivia com os positivistas o seu auge.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Hoje eu decidi ser feliz



Hoje eu decidi ser feliz. Decidi abandonar aquele peso que eu carregava, que me sufocava, me deixava preso e me impedia de voar. Decidi sair da gaiola e transgredir as normas. Cansei de ser normal, de ser igual, de ser mais um. Cansei das respostas, agora só me preocupo com as perguntas. Perdi-me nas certezas e encontrei-me na loucura.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

O Grande Lebowski: O que é um herói?



Às vezes um homem. Não vou dizer herói porque... O que é um herói? Mas, às vezes, um homem é o homem certo para determinado tempo e lugar. Ele se encaixa perfeitamente. Mas, às vezes um sujeito. Às vezes, um sujeito. Quero dizer, perdi o nó da meada. Com uma introdução confusa, inicia-se a história de “O Grande Lebowski” (The Big Lebowski) dos irmãos Coen, filme que, como a própria introdução indica, faz uma verdadeira ode ao absurdo.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Se a vida é uma folha em branco, risque-a até a última gota de tinta da alma



Não sabemos quanto tempos possuímos na terra, muito menos temos a capacidade de ter a compreensão completa do mundo que nos cerca. Chegamos a um mundo estranho e na maior parte do tempo avesso aos nossos sonhos. Chegamos como uma folha em branco, sem qualquer rabisco ou cor, sem amassos ou rasuras, e quando nos damos conta, o tempo para preenchê-la acabou e a deixamos em branco, da mesma forma que a encontramos quando chegamos, sem sinal de vida, sem qualquer desenho ou palavra, em uma história triste de um silencioso nada.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Sai da frente! Deixe-me ser feliz.



Sai da frente! Deixe-me ser feliz. Não estou disposto a passar pela vida sendo apenas mais um. Quero deixar minha marca, ser quem eu sou sem moderação. Quero andar no meu ritmo, não preciso dessa pressa. Pra que a pressa, se a vida é tão curta?

segunda-feira, 18 de julho de 2016

O Velho, O Mar e a Nossa Luta pela Vida



Achamos que somos capazes de entender a vida em sua plenitude, mais que isso, de controlá-la. Fazemos planos, nos preparamos, criamos expectativas e quando esperamos receber aquilo que tanto esperávamos, somos surpreendidos com as suas peripécias. A vida e o seu universo infinito de possibilidades que ansiamos por entender com a nossa finitude. Triste destino do homem, lançado ao mar apenas com a roupa do corpo e sua sorte. Lançado a um mar revolto que deve ser enfrentado.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

A vida não é uma causa perdida, porque ela está repleta de belezas. O que ela quer da gente é coragem!



Sempre me pego pensando sobre o sentido da vida. Pergunto-me se cumprimos um destino ou se fazemos o nosso próprio destino, se há um sentido maior para tudo que fazemos ou se estamos apenas flutuando na brisa, se a vida vale à pena ou se é uma causa perdida.  Estamos sempre com pressa, correndo aqui e acolá, em tentativas desesperadas de encontrar um lugar para nos encaixar, de sermos mais amados, de prolongar os instantes de eternidade que escoam pelas nossas mãos.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Não basta Viver, é preciso Navegar



Aprendi com os fracassos que com ou sem a minha voz o sol sempre nascerá. Então, percebi que não se trata de cantar para o sol nascer, mas de cantar porque ele nasce. Ou ficar em silêncio. Todavia, se ficar em silêncio com o tempo nem mesmo eu sentirei minha presença. Então, o meu cantar não tem a ver com o sol. O meu cantar tem a ver comigo.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Entendendo o Filme: A Origem



Christopher Nolan já é um dos melhores cineastas da sua geração, o que lhe garante uma legião de fãs. Em seus filmes, Nolan sempre gosta de brincar com a psique humana, criando jogos ilusórios e uma série de metáforas. Corroborando com isso, temos o filme “A Origem” (Inception) de 2010, estrelado por Leonardo Di Caprio. O filme foi um grande sucesso, se tornando um dos clássicos do século XXI. Brincando entre realidade e fantasia, imergimos na história de Dom Cobb (Di Caprio) e ao final, por mais que tenhamos prestado atenção durante todo o tempo, ficamos com a famosa dúvida: o pião caiu ou não? A fim de ajudar a elucidar o problema, mas longe de resolvê-lo, afinal, a interpretação do filme depende muito da subjetividade de quem o assiste, apresentarei algumas possibilidades de resolução para o filme. Sem mais delongas, vamos lá.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia



“Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia”, sem estar verdadeiramente comigo, sem prestar atenção no que falo, sem se importar com o que sinto, sem sensibilidade para perceber quando quero chorar e sem graça para rir junto comigo.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Filhos da Esperança: A Crise dos Refugiados sob a perspectiva de Bauman



Poluição, superurbanização, guerras civis, doenças, caos. Esse conjunto de elementos forma uma ótima ficção e ela nos é dada através do filme “Filhos da Esperança” (The Children of Man) do diretor argentino Alfonso Cuarón. No entanto, esses elementos também são encontrados na vida real e, assim, o ditado que diz que a arte imita a vida parece ser perfeita nesse caso.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

O mundo precisa de pessoas inúteis



Vivemos em um mundo em que tudo deve seguir uma forma e uma métrica. Tudo deve seguir ditames matemáticos e ser valorado. Todas as coisas que não podem ser valoradas, isto é, que não possuem uma utilidade clara, são desprezadas da vida. Esse utilitarismo cartesiano capitalista transforma a vida em uma grande linha de produção, em que todas as coisas que fazemos devem obrigatoriamente servir para alguma coisa.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Eu Queria Ter Broxado Mais



Sabe de uma coisa: eu queria ter broxado mais. Isso mesmo. Broxado mais. Muito mais. Sem culpa. Sem remorso. Mas não posso. Homem tem que ser macho, ter que ser firme, homem não chora. Homem tem que ser poderoso, tem que ser admirado, cobiçado, tem que ter sucesso. Isso é demais pra mim, é muita pressão. Eu quero ser livre para as minhas broxadas.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Amor não é Solidão Compartilhada



A solidão é um monstro assustador. Mais cedo ou mais tarde ele acaba nos assustando, sobretudo, quando olhamos para a vida e encontramos um imenso vazio. Falamos, gritamos e na maior parte das vezes escutamos tão somente o nosso eco como reposta. Diante de um mundo que nos amedronta, estar só torna-se um problema que deve ser solucionado. E, assim, surgem muitas relações, não por amor, não por vontade de estar com alguém que enternece o coração, mas apenas pelo medo de ficar sozinho.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

A Outra História Americana: Quando o Ódio nos torna Cegos



Saramago afirmou que o homem está cego da razão, que não consegue enxergar nada ao seu redor e só vê alguma coisa ao olhar para si mesmo. A individualidade e a mesquinharia do homem são tamanhas que o português chega a dizer no seu “Ensaio sobre a Cegueira” que: “Ainda está por nascer o primeiro ser humano desprovido daquela segunda pele a que chamamos de egoísmo, bem mais dura que a outra, que por qualquer coisa sangra”.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Relacionamentos Descartáveis: A verdadeira Paixão do nosso mundo



Curtir, compartilhar, se conectar ao Wi-Fi, começar uma amizade, terminar uma amizade, descurtir. A vida contemporânea inexoravelmente também se passa na rede, de modo que é imprescindível para o entendimento do mundo que nos cerca a compreensão do que significa uma vida ligada por uma rede wireless, assim como, de que modo esse estilo de vida interfere nas relações interpessoais.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Não levem vidas de silencioso desespero. Façam das suas vidas algo extraordinário!



Vejo uma geração que finge ser feliz o tempo inteiro, mas esconde medos e fobias. Vejo uma geração que procura de todos os modos manter uma imagem de sucesso, mas não consegue ter tranqüilidade para dormir à noite. Vejo uma geração que se preocupa apenas em atender padrões de comportamento criados por pessoas que sequer sabem que ela existe. Vejo uma geração que por trás de uma imagem de autossuficiência, esconde tristeza, insônia, depressão e ansiedade. Vejo uma geração que deixa o tempo escorrer pelas mãos. Vejo uma geração perdendo a chance de fazer das suas vidas algo extraordinário.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Amélie Poulain: O Propósito da Vida



Construído em tom de fábula pelo cineasta Jean-Pierre Jeunet, o filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” percorre através da perspectiva de uma jovem sonhadora, Amélie Poulain (Audrey Tautou), o caminho que leva às belezas da vida. Cheio de nuances, o filme nos leva por uma viagem intimista, lúdica e poética sobre o real sentido da vida e sobre a necessidade de enfrentá-la por mais que seja dura, solitária e cruel.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Só há um luxo verdadeiro: as relações humanas



A fugacidade da vida é algo fascinante e ao mesmo tempo aterrorizante. Em dado momento estamos fazendo planos, sonhando com o futuro e de repente anos já se passaram e todo aquele entusiasmo de outrora já não existe. Sendo assim, estamos sempre correndo contra a finitude do tempo, buscando de algum modo impedir que os sinos toquem. Dada a sua finitude, a vida, portanto, deve ser valorizada, já que é isso que lhe confere valor. E, quando chego nesse ponto, questiono-me se estamos vivendo vidas que merecem ser vividas.

terça-feira, 31 de maio de 2016

Defender Estupro não é Inteligência é só Machismo e Burrice mesmo



O caso da jovem que circula nos últimos dias na mídia mostrou mais uma vez que o machismo está longe de ser superado, assim como, as posições retrogradas que são defendidas por pessoas que se autointitulam “inteligentes” e “boas”. Mesmo sendo extremamente triste e difícil ver determinadas reações machistas e reacionárias, uma coisa benéfica foi trazida por essa situação, qual seja, derrubar a cortina de hipocrisia do falso discurso de igualdade de gênero que estava posta.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Servidão Voluntária: Fahrenheit 451 e o uso da Ignorância como forma de Condicionamento


Há bem pouco tempo, o cineasta Alejandro González Iñárritu nos apresentou o filme Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), no qual questiona entre outras coisas, o que é a felicidade e qual o papel da ignorância nesta. Ao longo do pensamento humano, essa discussão já obteve várias interpretações, mas, de fato, a ignorância parece ser um elemento que contribui para a felicidade do indivíduo ou no mínimo na sua não infelicidade. Isto é, parece haver uma relação em que quanto menos o indivíduo busca livrar-se do seu não saber (ignorância), mais propenso à felicidade estará, pois terá menos motivos para desconfiar ou questionar aquilo que lhe é apresentado.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Ela tem pernas tortas que me levam aos caminhos sinuosos do seu coração



Sei que não sou filho de rei, não sou grandioso ou muito adequado. Sou somente um mero agricultor que planta poesias e observa com mansidão e serenidade o florescer de amores. Tratarei, então, de plantar com carinho todo verso que ecoa na minha veste interior, para que o meu amor por ti se renove a cada estação.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O Apartheid do Arame Farpado: Bauman e os Guetos Urbanos


Cada vez mais, vivemos em grandes cidades, cheias de pessoas, de carros, de casas, de lixo, etc. A formação das metrópoles é um fenômeno global, sobretudo, com a “globalização”, que ao diminuir os espaços propiciou o acúmulo de diferentes culturas, povos e classes em um mesmo espaço urbano. Sendo assim, os centros urbanos contemporâneos são extremamente polifônicos, ao mesmo tempo em que cultivam problemas típicos da sua estrutura. Ao analisar esse fenômeno, Zygmunt Bauman nos oferece algumas considerações interessantes e imprescindíveis para um entendimento maior da problemática.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

5 Filmes para entender a verdade sobre a Ditadura Militar



Em momentos de crise é sempre bom retornar ao passado e tentar aprender com os erros que cometemos. Essa pequena lista de filmes ajuda a entender um pouco mais o momento negro que vivemos durante a ditadura civil-militar. Os filmes listados vão além do óbvio e mostram a importância fundamental do apoio do empresariado brasileiro para a sustentação do Golpe, bem como, a alienação da maior parte da população da época, a qual, inclusive, durante os tempos áureos do regime, leia-se milagre econômico, avaliava o “governo” militar como maravilhoso. Pena que aqueles que lutaram pela democracia, como o Frei Tito de Alencar, não puderam dizer o mesmo.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

A bolsa de valores do Amor Líquido


Sabe, o problema não é com você. É comigo. Quem nunca ouviu esse clichê? Entretanto, o que a maioria das pessoas não percebe é o real sentido dessa frase, ou seja, a problematização do amor em relação ao objeto.  Trocando em miúdos, isso significa que o entendimento geral é de que o problema do amor relaciona-se ao objeto amado, de modo que, o real sentido da frase é: o problema é com você que não preenche os meus requisitos.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Carta aberta de um ex-ansioso



Deitado na cama, eu olho para o relógio, passaram-se apenas dez minutos desde a última vez que o olhei. Decido me levantar e ir à cozinha beber um copo d’água. O coração continua batendo em um ritmo frenético, segue em sintonia com a cabeça que dói de forma incontrolável. Não vou tomar outro analgésico, se os três que já tomei hoje não fizeram efeito, o quarto provavelmente não fará. Volto a deitar e tento me acalmar, quero apenas dormir e não sentir o meu peito sufocado por uma falta de ar perturbadora. Quero somente viver sem essa ansiedade que suga toda a minha energia e me impede de respirar.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Por um mundo de Empatia



Sabe aqueles dias em que você não está bem ou quando você analisa a sua vida e percebe que as coisas não estão nem um pingo do jeito que você gostaria? Ou, ainda, quando acontece algo que tira o nosso chão e nos deixa sem rumo? Nesses momentos a tristeza é inevitável, assim como, o sentimento de impotência diante da vida, de tal maneira que a chama que nos mantêm firmes enfraquece. Precisamos, então, de pessoas capazes de se colocar no nosso lugar e de algum modo sentir a nossa dor. Ou seja, precisamos da empatia dos que nos cercam para que percebamos que não estamos sozinhos e que por mais dolorosa que seja a caminhada, chegaremos ao final.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

#Sextou! É hora de fingir ser feliz.


“Sextou”! É hora de ir pra balada e esquecer os problemas. É hora de fugir das dores e da vidinha medíocre. É hora de esquecer o quão chata e cansativa foi a interminável semana. É hora de embriagar as angústias e colocar os sonhos para dormir, pelo menos até segunda-feira.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Triste destino é o homem morrer conhecido de todos, mas desconhecido a si mesmo



Por que a solidão assusta tanto as pessoas? Será que o encontro consigo mesmo é tão assustador? Pascal já dizia que os homens sentem enorme dificuldade em olhar-se no espelho sem máscaras, pois o encontro entre o eu e o mim sempre é doloroso. Em outras palavras, o autoconhecimento, tão importante para o crescimento emocional, depende de uma dose de solidão. No entanto, na sociedade contemporânea a solidão parece não agradar muito as pessoas.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Por que Dilma sofrerá o impeachment?



“Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido”, exclamou certa feita o grande Milton Santos. Em um momento tão conturbado quanto o nosso, nenhuma frase parece calhar melhor. Nessa confusão que se formou, informações são distorcidas, leis são tolhidas e, sobretudo, o respeito ao próximo, ao indivíduo com opiniões diferentes, foi destruído e substituído pelo ódio. Sendo assim, o impeachment da presidenta Dilma e a derrocada do PT também são alvos dessa confusão, de maneira que, decidi tecer algumas palavras sobre o tema.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Zumbis consumistas e desejos mercadológicos: Uma ode à "felicidade" consumista


Hobbes já dizia que se o homem é desejante, então, o mundo é uma guerra de todos contra todos. A verdade é que o desejo sempre foi alvo de estudo entre as mentes mais brilhantes ao longo da história. Posto isso, há de se considerar o seu valor na constituição do ser. O mercado, sempre perspicaz, atentou-se para isso e construiu a fórmula de ouro da felicidade contemporânea.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Falar é fácil, quero ver é Ouvir



O homem sempre pareceu sentir dificuldade em se conectar de fato com o outro. Essa falta de habilidade em criar laços e permitir se infectar por aquilo que está no outro demonstra aquilo que Erich Fromm chamava da incapacidade que o homem possui para amar, e isso em grande parte se deve a dificuldade de ouvir e, por conseguinte, saber se colocar no lugar do outro, isto é, ter empatia.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Aprenda a rir de si mesmo para cantar e dançar mesmo sob a chuva



A vida é mesmo cheia de vicissitudes, de problemas, de pedras no caminho, parafraseando Drummond. Ao nos depararmos com essas dificuldades, muitas vezes, tendemos a desistir de nossos objetivos ou nos torturar pelos fracassos. Todavia, os fracassos fazem parte da vida, bem como, as dificuldades e os problemas que parecem não ser passíveis do nosso controle, de modo que uma dose de humor parece-me fundamental para permanecer na caminhada.

quinta-feira, 31 de março de 2016

A Doçura da Generosidade



O homem parece sentir enorme dificuldade em abdicar do seu eu para pensar no outro. A desimportância que o outro tem em nossas vidas é algo que nos afasta de toda proximidade conseguida através da tecnologia que vivemos nos gabando. Essa falta de generosidade se exacerbou na contemporaneidade, em que o egoísmo e o individualismo se tornaram valores quase morais, necessários à sobrevivência dos mais "fortes".

quinta-feira, 24 de março de 2016

Blade Runner: O que é ser humano?



A poluição e o consumismo exacerbado criam uma sociedade com problemas climáticos, em que a chuva e o cinza se fazem presentes quase o tempo inteiro, superlotada, suja e com enormes discrepâncias sociais. Essa é a realidade apresentada em 2019 pelo filme “Blade Runner” de Ridley Scott, inspirado no livro “Do androids dream of electric sheep?” do escritor americano Philip K. Dick.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Afinal, existe a pessoa certa na hora errada?


Como disse Caio – “O amor não se tem na hora que se quer, ele vem no olhar [...]”. Sendo assim, não há como controlar os acasos da vida e, tampouco, o amor. Ele pode chegar de repente, quando menos esperamos. E aí? O que fazer? Agarrar essa oportunidade ou esperar um momento mais oportuno? Afinal, existe a pessoa certa na hora errada?

segunda-feira, 14 de março de 2016

O espírito de sinhozinho nas manifestações da casa grande chamada Brasil



A situação política do Brasil chegou a um ponto de extrema caoticidade. De um lado pessoas se apresentam como heróis que vieram devolver a paz a uma nação que sofre. De outro, existe um grupo de pessoas que não sabe de nada, que não fez nada e que não sabe o porquê do país está imerso nessa crise. Diante disso, as pessoas se organizaram em um movimento, em um dia 13 (número tão emblemático) para verbalizar o coro ensaiado de “Fora Dilma”, “Fora Lula”, “Fora PT”, “Vão pra Cuba que te pariu” e por aí vai. Então, pensei em ir às ruas, porém, pensei melhor, não fui e fiquei pensando em que movimento eu iria.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Entre reis, peões e crise política: A pseudo-democracia brasileira



A velha indagação sobre o ser político que existe no homem parece estar quente outra vez. Nos últimos anos as manifestações e protestos têm ganhado as ruas de todo o mundo. Contudo, apesar de toda essa onda revolucionária colocar em evidência a crise do Estado representativo com vos se apresenta, deixa mais claro ainda (pelo menos para as pessoas lúcidas) a impossibilidade de mudança do panorama político.